A adoção da Inteligência Artificial no Brasil apresenta desafios e oportunidades para empresas que buscam inovar e se destacar. Embora quase todas as organizações já investam em IA, somente 1% alcançou maturidade em sua implementação, evidenciando uma desconexão entre a percepção dos líderes e a realidade dos colaboradores. Neste contexto, a colaboração entre os departamentos de Recursos Humanos e Tecnologia da Informação é crucial para acelerar a transformação digital e maximizar os benefícios da IA nas empresas.
A adoção da Inteligência Artificial no Brasil representa um dos maiores desafios estratégicos para empresas que buscam se manter competitivas no mercado atual. Um relatório recente da McKinsey, divulgado em janeiro de 2025, revela que quase todas as empresas brasileiras já investem em IA, mas apenas 1% considera ter atingido maturidade na implementação dessa tecnologia. Essa disparidade indica que, apesar do interesse crescente, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que as organizações brasileiras extraiam todo o potencial transformador da inteligência artificial.
O cenário atual das empresas brasileiras apresenta tanto desafios quanto oportunidades significativas na implementação de tecnologias de IA. A pesquisa da McKinsey, que ouviu mais de 3.600 funcionários e 238 executivos de alto escalão, mostra que 94% dos empregados afirmam ter familiaridade com ferramentas de IA generativa, assim como 99% dos líderes. No entanto, existe uma desconexão preocupante entre percepção e realidade: enquanto os líderes estimam que apenas 4% dos funcionários utilizam IA para 30% ou mais de suas tarefas diárias, os próprios funcionários se autoavaliam como três vezes mais ativos nesse nível de uso.
Essa lacuna de percepção revela um dos principais obstáculos enfrentados pelas empresas brasileiras: quase metade dos executivos acredita que suas organizações lançam ferramentas de IA com lentidão excessiva. O problema não reside na capacidade ou disposição dos funcionários, mas sim na ausência de liderança clara e direcionamento estratégico por parte da alta gestão.
A colaboração entre RH e TI emerge como elemento fundamental para superar esses obstáculos e acelerar a implementação bem-sucedida da IA nas organizações brasileiras. O departamento de Recursos Humanos possui expertise em gestão de mudanças, desenvolvimento de pessoas e cultura organizacional, competências essenciais para facilitar a adoção de novas tecnologias. Por sua vez, o setor de Tecnologia da Informação domina os aspectos técnicos, infraestrutura e segurança necessários para implementar soluções de IA de forma robusta e confiável.
Essa parceria estratégica permite que as empresas abordem simultaneamente os aspectos humanos e tecnológicos da transformação, criando um ambiente propício para a mudança organizacional e garantindo que as soluções implementadas sejam tanto tecnicamente viáveis quanto culturalmente aceitas pelos colaboradores.
A falta de maturidade organizacional representa um dos maiores desafios enfrentados pelos líderes brasileiros na implementação de IA. O relatório da McKinsey indica que, embora muitos executivos já possuam um roadmap para IA, poucos consideram seus planos como completamente maduros. A maioria das organizações ainda se encontra em estágios iniciais ou emergentes de implantação, caracterizados pela experimentação limitada e falta de integração sistêmica da tecnologia nos processos de negócio.
Os líderes frequentemente subestimam a capacidade de adaptação de suas equipes e superestimam a complexidade da implementação. Essa percepção distorcida resulta em decisões conservadoras que retardam a adoção e limitam o aproveitamento das oportunidades competitivas oferecidas pela IA. Para contabilidades e empresas de serviços em São Paulo, Rio de Janeiro e outras grandes cidades brasileiras, essa hesitação pode significar perder terreno para concorrentes mais ágeis na implementação de soluções automatizadas.
A capacitação e treinamento das equipes constituem pilares fundamentais para o sucesso na adoção de IA. O estudo revela que uma das principais causas da lentidão na implementação é a lacuna de habilidades identificada pelos executivos. Para superar essa barreira, as organizações precisam investir em programas estruturados de desenvolvimento que combinem conhecimento técnico com aplicação prática.
Os programas de capacitação mais eficazes incluem treinamentos formais, testes em ambientes controlados e estímulo à experimentação supervisionada. É fundamental reconhecer e valorizar colaboradores que lideram ou contribuem significativamente para a implementação de soluções de IA. Empresários em cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília que investem consistentemente na capacitação de suas equipes tendem a obter resultados superiores na adoção de tecnologias emergentes.
Para estabelecer boas práticas na colaboração entre RH e TI, as organizações devem focar em estratégias integradas que aproveitem as competências específicas de cada área. O primeiro passo envolve o mapeamento rápido de casos de uso práticos, identificando tarefas ou fluxos de trabalho onde a IA pode gerar ganhos significativos de produtividade ou implementar automação cognitiva eficiente.
O RH deve liderar as dimensões relacionadas à mudança cultural, comunicação organizacional e adequação de políticas internas. Isso inclui desenvolver programas de comunicação que desmistifiquem a IA, estabelecer métricas de engajamento e criar canais para feedback contínuo dos colaboradores. Por sua vez, o setor de TI deve garantir a infraestrutura adequada, implementar automação segura e estabelecer sistemas de monitoramento contínuo das soluções implementadas.
A liderança alinhada representa outro elemento crítico, exigindo compromisso genuíno dos executivos com metas claras de IA, roadmaps bem definidos e investimento consistente. É essencial que TI, RH e áreas de negócio participem conjuntamente do planejamento estratégico, garantindo que as soluções desenvolvidas atendam tanto às necessidades técnicas quanto às demandas operacionais.
As preocupações com segurança cibernética e ética na utilização da IA estão entre os principais desafios identificados pelo estudo da McKinsey. Questões relacionadas à privacidade de dados, imprecisões dos modelos, vieses algorítmicos e uso ético da tecnologia exigem atenção constante e governança rigorosa.
A implementação de frameworks de governança ética deve começar desde os estágios iniciais do projeto, não como complemento posterior. Isso inclui estabelecer transparência nos modelos utilizados, garantir explicabilidade dos outputs gerados e implementar controles rigorosos para identificação e correção de vieses potenciais. Para escritórios de contabilidade que lidam com informações financeiras sensíveis, esses aspectos assumem importância ainda maior, exigindo protocolos de segurança que atendam não apenas às necessidades técnicas, mas também às exigências regulatórias do setor.
As empresas devem equilibrar velocidade na implementação com segurança robusta, movendo-se rapidamente para capturar valor competitivo, mas mantendo controles adequados para evitar erros graves ou riscos reputacionais que possam comprometer a confiança de clientes e parceiros.
As expectativas de impacto da IA em termos de produtividade e vantagem competitiva são substanciais. A McKinsey estima que o uso estratégico da inteligência artificial pode gerar até US$ 4,4 trilhões em ganhos de produtividade para o mercado corporativo global. No contexto brasileiro, empresas que adotam IA de forma madura demonstram tendência clara de obter crescimento de receita mais consistente, maiores eficiências operacionais e vantagem competitiva sustentável.
Para contabilidades e empresas de serviços em mercados como São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais brasileiras, isso significa oportunidades concretas de otimização de processos, redução de custos operacionais e melhoria na qualidade dos serviços oferecidos. A automação de tarefas repetitivas libera profissionais para atividades de maior valor agregado, enquanto análises preditivas podem aprimorar significativamente a tomada de decisões estratégicas.
No entanto, é importante notar que a medição precisa do ROI ainda representa um desafio: poucas organizações conseguem mensurar com precisão os ganhos em cu