A paternidade ativa é crucial para o desenvolvimento das crianças, influenciando positivamente sua autoestima e desempenho escolar. Em centros urbanos como São Paulo, empresas que adotam políticas de apoio ao engajamento paterno não só melhoram o bem-estar dos colaboradores, mas também fortalecem sua cultura organizacional e aumentam a retenção de talentos. Descubra como essa mudança pode valorizar tanto a vida familiar quanto o ambiente profissional.
A paternidade ativa vai muito além da presença física do pai no ambiente familiar. Trata-se de um envolvimento genuíno e contínuo na criação dos filhos, com participação efetiva nas tarefas de cuidado, educação e suporte emocional. Em São Paulo e outras grandes cidades brasileiras, onde famílias enfrentam rotinas cada vez mais atribuladas, este conceito ganha ainda mais relevância, especialmente quando analisamos o impacto que o engajamento paterno tem no desenvolvimento infantil.
Estudos recentes demonstram que crianças que crescem com pais presentes e participativos tendem a apresentar melhor desempenho acadêmico, maior autoestima e habilidades sociais mais desenvolvidas. Na prática, estas crianças têm 80% menos chances de desenvolver problemas comportamentais e são mais propensas a tomar decisões saudáveis ao longo da vida.
Para os pais, os benefícios também são consideráveis. Homens que se envolvem ativamente na criação dos filhos relatam maior satisfação pessoal e menores níveis de estresse. Um levantamento realizado com pais da região metropolitana de São Paulo mostrou que 72% dos que participam ativamente da rotina dos filhos sentem-se mais realizados profissionalmente e demonstram maior engajamento no ambiente de trabalho.
O papel das empresas na promoção da paternidade ativa é fundamental e tem ganhado destaque no cenário corporativo brasileiro. Organizações que implementam políticas de apoio à paternidade não apenas contribuem para o bem-estar de seus colaboradores, mas também colhem benefícios tangíveis como maior retenção de talentos e aumento de produtividade.
Em mercados competitivos como o paulistano, empresas que oferecem suporte adequado aos pais registram redução de até 35% na rotatividade de funcionários do sexo masculino com filhos pequenos. Este dado não surpreende quando consideramos que a valorização do equilíbrio entre vida profissional e familiar está entre as principais demandas das novas gerações de trabalhadores.
A licença-paternidade é um dos pontos mais discutidos quando falamos sobre o suporte empresarial à paternidade ativa. No Brasil, a legislação atual garante apenas cinco dias de afastamento remunerado aos pais após o nascimento ou adoção de um filho. Este período pode ser estendido para 20 dias em empresas participantes do Programa Empresa Cidadã, mas ainda está longe do ideal quando comparado a países nórdicos, onde a licença pode chegar a meses.
Empresas brasileiras que adotam políticas de licença-paternidade estendida, mesmo além do previsto no Programa Empresa Cidadã, reportam resultados positivos. Em um estudo com companhias de médio e grande porte do eixo Rio-São Paulo, verificou-se que a extensão da licença para 30 dias ou mais resultou em maior satisfação dos colaboradores e fortalecimento da cultura organizacional.
A flexibilidade no trabalho é outro fator determinante para a promoção da paternidade ativa. Modelos como home office, horários flexíveis e banco de horas permitem que os pais participem mais ativamente da rotina familiar sem comprometer suas responsabilidades profissionais.
No período pós-pandemia, muitas empresas no Brasil, especialmente em centros urbanos como São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto, mantiveram formatos de trabalho híbrido, beneficiando pais que desejam maior participação na vida dos filhos. Um levantamento com 500 profissionais da região sudeste mostrou que 67% dos pais consideram a flexibilidade no trabalho como fator decisivo na escolha ou permanência em uma empresa.
Além da licença-paternidade estendida e da flexibilidade, programas específicos de apoio aos pais têm se mostrado eficazes. Workshops sobre parentalidade, grupos de apoio entre pais da empresa e benefícios específicos para famílias são algumas iniciativas que ganham espaço no ambiente corporativo brasileiro.
A empresa XYZ Tecnologia, com sede em São Paulo, implementou um programa chamado “Pais Presentes”, que inclui horários flexíveis para pais de crianças com até 12 anos e benefícios como auxílio-creche universal (não restrito apenas às mães). Como resultado, a empresa registrou aumento de 40% na satisfação dos funcionários pais e redução de 25% no absenteísmo.
Os desafios da paternidade no século XXI são multifacetados. Em um mundo hiperconectado, pais enfrentam a difícil tarefa de equilibrar demandas profissionais cada vez mais intensas com o desejo de participar ativamente da criação dos filhos. Nas grandes cidades brasileiras, o tempo médio gasto em deslocamento (cerca de 2h30 diárias em São Paulo) agrava ainda mais este cenário.
Além disso, muitos homens ainda enfrentam estigmas sociais quando priorizam a família em detrimento do trabalho. Em pesquisa realizada com executivos brasileiros, 58% relataram já ter sofrido algum tipo de preconceito ao solicitar flexibilidade para atender demandas familiares, enquanto apenas 23% das executivas relataram o mesmo problema.
A construção de uma cultura organizacional inclusiva, que reconheça e valorize a paternidade ativa, é essencial para superar estes desafios. Empresas que promovem mudanças culturais, combatendo estereótipos de gênero e valorizando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, criam ambientes mais saudáveis e produtivos.
No cenário atual, onde a atração e retenção de talentos dependem cada vez mais de políticas de bem-estar, as empresas que se destacam são aquelas que compreendem: promover a paternidade ativa não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma estratégia inteligente de negócios.
Para as empresas brasileiras, especialmente nas regiões metropolitanas onde a competição por talentos é acirrada, investir em políticas que favoreçam a paternidade ativa representa uma vantagem competitiva significativa. Ambientes de trabalho que reconhecem e valorizam o papel paterno contribuem para a construção de uma sociedade mais equilibrada, onde homens e mulheres podem desenvolver plenamente seus potenciais, tanto na esfera profissional quanto familiar.
Referências: