A revolução silenciosa que está transformando o mercado de trabalho brasileiro já tem nome: Geração Z. Nascidos entre meados dos anos 1990 e 2010, esses jovens profissionais não apenas representarão 27% da força de trabalho global até o final de 2025, mas estão redefinindo completamente o que significa uma carreira de sucesso, especialmente em grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
De acordo com a pesquisa global da Deloitte, 86% destes jovens consideram essencial ter propósito no trabalho, e o dado mais impactante: 44% rejeitariam ofertas de empresas que não estejam alinhadas com seus valores pessoais, mesmo diante de propostas financeiramente atrativas. Esta nova realidade exige que empresas brasileiras repensem suas estratégias de atração e retenção de talentos.
A principal característica desta geração é a busca pelo equilíbrio entre propósito e remuneração. Diferentemente das gerações anteriores, a Geração Z não vê contradição entre fazer o bem e ser bem remunerado por isso. Pelo contrário, eles entendem que o impacto positivo e o sucesso financeiro podem e devem caminhar juntos.
Este novo perfil profissional tem impactado diretamente o tempo de permanência nas empresas. Levantamentos recentes mostram que organizações com propósito claro e ações concretas de responsabilidade social retêm talentos da Geração Z por períodos 70% mais longos. Em São Paulo, por exemplo, startups e empresas de tecnologia com programas estruturados de impacto social têm taxas de turnover significativamente menores do que a média do mercado.
Quando falamos de habilidades, o cenário também mudou. As competências técnicas, embora importantes, dividem espaço com as soft skills como empatia, adaptabilidade e pensamento crítico. Esta combinação é particularmente valorizada em cidades como Florianópolis e Porto Alegre, onde o ecossistema de inovação exige profissionais tecnicamente competentes, mas também capazes de colaborar em ambientes diversos e multiculturais.
A flexibilidade no formato de trabalho surge como outra exigência inegociável. Levantamentos indicam que 74% dos jovens da Geração Z preferem arranjos híbridos, que combinam presencial e remoto. Em Curitiba, empresas de contabilidade e finanças que adotaram modelos flexíveis relatam aumento de 58% na produtividade e 63% na satisfação dos colaboradores. Este dado é particularmente relevante para negócios do setor contábil que buscam modernizar suas operações.
Contudo, nem tudo são flores. A saúde mental desta geração está sob pressão intensa. Estudos da Deloitte apontam que 40% dos jovens Z se sentem estressados constantemente, e apenas 51% avaliam sua saúde mental como boa ou excelente. No Brasil, onde o acesso a serviços de apoio psicológico ainda é limitado, empresas que implementam programas robustos de bem-estar se destacam na preferência destes profissionais.
Para quem busca construir uma carreira que combine impacto e boa remuneração, algumas áreas se mostram particularmente promissoras. Tecnologia com foco em soluções sociais, educação transformadora, análise de dados para políticas públicas e gestão de sustentabilidade corporativa são campos com alta demanda em cidades como Recife, Salvador e Brasília, oferecendo salários até 40% acima da média do mercado.
O desenvolvimento de carreira com impacto social exige estratégias específicas. Especialistas recomendam investir em formação contínua, priorizar experiências que agreguem valor social mensurável e construir uma rede de contatos alinhada aos seus valores. Em Minas Gerais, programas de mentoria focados em carreiras de impacto têm mostrado resultados impressionantes, com 73% dos participantes conseguindo transições bem-sucedidas para áreas mais alinhadas aos seus propósitos.
Cases de sucesso como o Movimento Tech 2030, que promove inclusão e diversidade no setor tecnológico, demonstram o potencial transformador de programas de formação profissional com foco em impacto. No Rio Grande do Sul, iniciativas semelhantes já qualificaram mais de 5.000 jovens em situação de vulnerabilidade para o mercado tecnológico, com taxa de empregabilidade de 82%.
Por fim, nunca foi tão importante desenvolver um storytelling profissional autêntico e coerente. Saber contar sua própria história, destacando não apenas conquistas, mas também valores e propósito, tem se mostrado um diferencial decisivo no mercado. Em entrevistas de emprego realizadas no Distrito Federal, candidatos que articularam claramente seu propósito tiveram 64% mais chances de avançar nas seleções.
O futuro do trabalho já chegou, e ele combina impacto social, sustentabilidade financeira e realização pessoal. Para empresas e profissionais brasileiros, principalmente nos setores de contabilidade, finanças e consultoria empresarial, adaptar-se a esta nova realidade não é apenas uma questão de modernização, mas de sobrevivência em um mercado cada vez mais guiado por propósito e valores.
Referências:
https://www.mundorh.com.br/como-construir-uma-carreira-que-transforma-o-mundo-e-ainda-ser-bem-remunerado-por-isso/
https://exame.com/carreira/7-tendencias-de-rh-que-vao-transformar-o-jeito-de-trabalhar-em-2025/
https://solides.com.br/blog/tendencias-no-rh/
https://www.accesscorp.com/pt-br/press-coverage/a-access-reafirma-sua-lideranca-e-compromisso-com-a-excelencia-como-campea-da-semana-de-privacidade-de-dados/