A previdência privada empresarial está se tornando essencial para atrair e reter talentos no competitivo mercado brasileiro. Com 54% dos trabalhadores priorizando esse benefício na escolha de empregos, as empresas que o oferecem mostram compromisso com o futuro financeiro de seus colaboradores. Descubra como esse investimento pode reduzir turnover e fortalecer vínculos, beneficiando tanto empresas quanto profissionais.
A previdência privada empresarial se consolidou como elemento fundamental nas estratégias de atração e retenção de talentos no mercado brasileiro. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha a pedido da Bradesco Vida e Previdência, 54% dos trabalhadores consideram a oferta desse benefício ao avaliar uma nova proposta de emprego. Entre aqueles que já possuem um plano privado, esse percentual é ainda mais expressivo, chegando a 71%.
O potencial de expansão desse benefício é significativo: 43% dos profissionais que não contam com previdência privada manifestaram interesse em contratar um plano caso tivessem acesso a essa modalidade no ambiente corporativo. Esses números revelam uma tendência clara no mercado de trabalho brasileiro, especialmente em grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, onde a competição por talentos é acirrada.
Para empresas que buscam se destacar no processo de recrutamento, a previdência privada representa uma vantagem competitiva. O benefício vai além de um simples adicional na remuneração – ele demonstra o compromisso da organização com o bem-estar financeiro de longo prazo de seus colaboradores, formando o que especialistas chamam de “tripé de segurança financeira”: previdência social, previdência privada individual e previdência privada empresarial.
Existem duas principais modalidades de previdência privada empresarial disponíveis no mercado brasileiro. No plano averbado, a empresa incentiva a participação do colaborador e faz o repasse das contribuições à seguradora, funcionando como um facilitador do processo. Já no plano instituído, a companhia também realiza aportes mensais, compartilhando a formação da reserva de aposentadoria com o funcionário.
No modelo instituído, as regras de acesso à parcela investida pela empresa seguem o sistema de vesting, que define critérios como tempo mínimo de permanência na organização ou no plano para que o colaborador tenha direito ao saldo referente à contribuição patronal. Esse mecanismo visa estimular a continuidade profissional, proteger o investimento realizado pela empresa e fortalecer o vínculo entre a organização e seus talentos.
As vantagens fiscais da previdência privada empresarial beneficiam tanto empregadores quanto colaboradores. Para empresas que operam no regime de Lucro Real, as contribuições patronais podem ser deduzidas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) até o limite de 20% da folha dos participantes, desde que o benefício seja oferecido a todos os funcionários. Essa possibilidade de dedução representa uma economia tributária significativa, especialmente para médias e grandes empresas.
Do lado dos colaboradores, as contribuições próprias ao Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) podem ser deduzidas da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) até o limite de 12% da renda anual tributável. Esse incentivo fiscal torna o benefício ainda mais atrativo, permitindo que o trabalhador construa um patrimônio para o futuro enquanto reduz sua carga tributária no presente.
Um aspecto importante a ser destacado é que a previdência corporativa não é exclusividade das grandes corporações. Instituições financeiras e seguradoras desenvolveram soluções adaptadas para diferentes perfis de empresas, incluindo pequenas e médias organizações. Existem planos modernos e flexíveis que atendem a diversas demandas e objetivos, permitindo que empresas de todos os portes ofereçam esse benefício valioso aos seus colaboradores.
O impacto da previdência privada na retenção de talentos é substancial. Além do benefício financeiro direto, o plano cria um vínculo de longo prazo entre empresa e colaborador, especialmente quando há contribuições patronais e regras de vesting. Profissionais tendem a pensar duas vezes antes de deixar uma organização quando isso implica abrir mão de uma reserva financeira substancial construída ao longo dos anos.
Em cidades brasileiras com alto índice de rotatividade profissional, como São Paulo e Campinas, empresas que oferecem previdência privada conseguem reduzir seu turnover e criar equipes mais estáveis e comprometidas. O benefício também comunica valores organizacionais importantes, como visão de longo prazo e preocupação genuína com o futuro dos colaboradores.
As perspectivas para o futuro da previdência privada no mercado de trabalho brasileiro são promissoras. Com a reforma da previdência social e o aumento da conscientização sobre a necessidade de planejamento financeiro para a aposentadoria, a tendência é que mais trabalhadores valorizem esse benefício e mais empresas o incluam em seus pacotes.
A evolução tecnológica também deve impactar positivamente esse mercado, com plataformas digitais que facilitam a gestão dos planos tanto para empresas quanto para colaboradores. A personalização dos investimentos, com opções mais alinhadas ao perfil de risco e aos objetivos de cada participante, é outra tendência que deve ganhar força nos próximos anos.
Para empreendedores e gestores, fica clara a mensagem: investir em previdência privada empresarial não é apenas oferecer mais um benefício – é posicionar sua empresa como uma organização que pensa no futuro, valoriza seus talentos e entende que o sucesso nos negócios está intimamente ligado ao bem-estar e à segurança financeira das pessoas que fazem parte da equipe.
Conforme o mercado de trabalho se torna cada vez mais competitivo, a previdência privada empresarial se consolida como um benefício estratégico, capaz de gerar segurança financeira, fidelizar equipes e fortalecer a imagem das empresas como empregadoras de destaque em suas regiões e segmentos de atuação.
Referências: